FUNDAÇÃO DO BAIRRO DAS QUINTAS
O bairro das Quintas surgiu no caminho que ia para Macaíba e o Seridó, num prolongamento do bairro do Alecrim. Ali existiam sítios que foram adquiridos pelos portugueses por concessão do Senado da Câmara, ao qual pertenciam essas terras devolutas. Em 1717, as terras foram doadas a Antônio Gama Luna e, em 1731, a propriedade era conhecida como Quinta Velha. Nos primórdios, o bairro era local de sítios e granjas. Sylvio Pedroza, durante sua administração, visitou o bairro visando a atender os reclames da população. Dessa visita, resultaram algumas providências, culminando com o calçamento da Rua Nova (hoje Rua São Geraldo), da Rua Mário Negócio, até a Rua dos Pêgas, integrando-as com a Avenida 12, até o Alecrim. A comunidade também conseguiu uma linha de ônibus que retornava em frente ao mercado. Um galpão também foi construído onde, à noite, vendiam-se produtos trazidos de Extremo z (bolo, grude, etc.). Havia, ainda, uma feira livre do sábado para o domingo. Por mais de 20 anos, as Quintas foram o limite da cidade ao Norte, onde havia a “corrente”, local de parada obrigatória de veículos para inspeção dos guardas da fiscalização estadual. Era popularmente conhecida como "Quintas Profundas". Nas Quintas, instalou-se o primeiro matadouro de Natal, onde hoje funciona a sede da URBANA. De 1951 a 1985, havia na comunidade um sistema de som espalhado por diversas ruas, as populares amplificadoras, e o bairro também, já teve um cinema – o Cinema São José. Na história recente das Quintas, destaca-se a década de 80, quando havia a Associação Cultural Comunitária. Essa associação patrocinava as manifestações da cultura popular e promovia sua difusão pelo bairro; atendia à solicitação da comunidade na demanda pelos serviços básicos de saúde e foi a primeira entidade a se registrar para o atendimento e distribuição de leite às mães carentes. O bairro das Quintas foi oficializado pela Lei nº. 251, de 30 de setembro de 1947, na administração do Prefeito Sylvio Piza Pedroza, e teve seus limites redefinidos na Lei nº. 4.330, de 05 de abril de 1993, publicada no Diário Oficial em 07 de setembro de 1994.
Seu nome deriva do século XVIII, quando a região era formada por sítios e granjas, como a Quinta Velha. Foi local de inspeção de veículos, sediou o primeiro matadouro de Natal (onde hoje fica a sede da empresa de limpeza pública, a Urbana). Também sediou o Cinema São José e uma amplificadora (sistema de som instalado em diversas ruas que divulgava as manifestações da cultura popular).[1] Suas principais vias são: avenida Bernardo Vieira ( ligação zona sul/zona norte), rua São Geraldo (onde ocorre a feira livre aos domingos), a rua dos Pêgas ( importante via de integração do bairro com o vizinho Alecrim), a avenida Mario Negócio ( ligação zona leste/zona norte) e a avenida 12.
O bairro é um dos mais tradicionais da periferia da cidade do Natal. Seu crescimento aconteceu com maior velocidade a partir da segunda metade do século passado, quando numerosas famílias provenientes do interior do estado passaram a habitar suas ruas, vilas e travessas.
Possui numerosas vilas, muitas delas localizadas dentro do mangue. A favela do Mosquito, localizada nas margens do Rio Potengi, é uma das mais carentes de Natal.
Alguns trechos do bairro apresentam relativa tranquilidade, sendo corriqueiro observar, ao cair da noite, na maioria deles, animado bate-papo entre os vizinhos nas calçadas.